sábado, 17 de abril de 2010

Poupe a terceira folha.

        Há muitas formas de ajudar o planeta e todas são pequeninas. Mas se todos nós fizermos coisas pequeninas teremos feito todo o possível, não é mesmo? Eu faço várias dessas coisas pequeninas e sei que ainda tenho MUITÍSSIMO o que aprender e muitíssimas coisas mais que poderia fazer. Mas me sinto feliz com elas mesmo assim.  

1. Escovação de dentes -  Abro a torneira, encho um copo (até a metade basta), fecho. Molho a escova no copo e escovo, enchaguo o boca com metade da água do copo e com o resto lavo a escova. Simples e eficiente.

2. Coleta seletiva - O que é óbvio que é reciclável  (Latas, caixas de leite, papéis, etc) dou ao meu vizinho da frente que junta pra tirar um dinherinho. As coisas menos óbvias mas que sei que se recicla e as pessoais como textos que escrevo, provas da faculdade, por exemplo, junto em um cantinho do meu quarto e levo ao pão de açucar uma vez por mês, em média. No começo dava trabalho, mas rapidíssimo virou rotina e já nem me percebo separando as coisas.

3. Para mandar para reciclagem as coisas devem estar limpas, certo? Entretanto, é tolice lavar os recicláveis com água limpa, este bem não renovável e tão precioso (cada dia mais!). O ideal é utilizar água de reuso. Por exemplo, a que sai da lavadora de roupa. Mas esta já usamos para lavar o quintal tão maltratado pela grandemente doce "cã" Millie. Quando estou lavando louça deixo os recicláveis embaixo, e eles vão sendo limpos pela água do enxague das louças, em especial das últimas, pois a água das primeiras já uso pra tirar o excesso de sujeira das próximas, e assim por diante...

4. Eu tento não usar muitas folhas de papel para secar as mãos em banheiros públicos, mas a forma mais bacana de incentivar esta ação li sexta passada, no cine HSBC Belas Artes: POUPE A TERCEIRA FOLHA.  Eu poupo até a segunda, se houver a possibilidade! rs...

       Tudo que aprendo tento aplicar na minha vida, e assim vamos indo, desacelerando ou tentando desacelerar o movimento autodestrutivo do mundo. E quero aprender mais!
    
       Desejo um final de semana desacelerado a todo ser que vive!


quinta-feira, 8 de abril de 2010

Encontro com a Paz

                Nada no mundo nunca será tão bonito aos meus olhos quanto as crianças. As minhas crianças, então, as 14 com quem convivo e que amo mais todo dia, noooossa, são lindíssimas! Cada sutileza, cada palavra, cada olhar... Seus exageros, sua vontade de pular como o coelhinho da páscoa por 3 horas ininterrúpitas, e assim por diante! 
                   De repente me pego pensando que era só uma pessoa qualquer até começar a ser professora. Agora sou alguém fundamental nessas vidas que se iniciam e quero fazer valer o desafio de educar gerações cada vez mais surpreendentes. Minhas crianças são surpreendentes full time. Minhas crianças são paz de espírito e fé no futuro.  São tudo que eu sempre precisei e não sabia onde encontrar. Irremediavelmente apaixonada!

sábado, 3 de abril de 2010

Os Bodes Na Sala

        Nestas últimas semanas tenho passado mais apertos do que de costume do trânsito, em especial nas marginais, que se não há chuva, há reforma, ou há acidente. Ou os três, para pânico dos paulistanos e demais motoristas que necessitam passar por aqui.
       Porém, contudo e entretanto, durante as reforma da marginal do tietê peguei filas intermináveis de trânsito por excesso de CONES!!! Dezenas ou centenas de cones aparentemente sem justificativa estreitanto a pista em pontos cruciais. "Parece que é de propósito!!", pensei. Desse jeito, quando a reforma terminar, parecerá que foi uma maravilhosa solução que trará um alívio sem medidas, quando na verdade dará só uma aliviadinha no trânsito (não quero tirar o mérito, é uma ótima obra, mas não é o oásis do deserto, não!). Diante de minha indignação meu pai me contou uma historinha dos bodes na sala.
       Em um tempo remoto em um lugar distante um sábio morava no topo de uma montanha. Todos faziam a escalada só para aconselhar-se com ele. Havia na aldeia que circundava a montanha um homem cuja casa era muito pequena e, a sala, minúscula. E a família, por sinal, enorme. Ele foi aconselhar-se com o sábio. Meu sábio! - disse o homem - O que faço com tantas pessoas e uma sala tão pequena?! Não conseguimos mais conviver assim!! E o sábio sugeriu que ele comprasse bodes, o número de três estava bom, e os colocasse na sala. O homem estranhou, mas respeitando muito o sábio, seguiu sua sugestão. Passadas algumas semanas de convivência com os bodes fazendo barulhos, comendo e fazendo necessidades, e, ainda, lotando sua sala, o homem  não aguentou e foi à montanha: Sábio, por favor, lhe suplico que me dê outro conselho, pois os bodes pioraram ainda mais minha vida dentro de casa. E o sábio disse - Está bem, pode tirar os bodes da sala. E o homem o fez e a sua sala nunca pareceu tão espaçosa e confortável em toda sua vida, e ficou muito grato e satisfeito com a sugestão do sábio.
        Minha teoria dos cones pela cidade foi perfeitamente traduzida pelos bodes na sala. Mas quando -ó Deus - tirarão os todos esses bodes da nossa cidade??